Em Chamas — Suzanne Collins
Trilogia: Jogos Vorazes #2
Título original: Catching Fire
Autor: Suzanne Collins
Editora: Rocco
Gênero: Ação, Aventura,
Distopia, Ficção, Romance
Ano: 2011
Páginas: 416
ISBN: 9788579800641
Lido em: Setembro de 2012
Nota: 5 estrelas / Favorito
Sinopse: Depois de ganhar os Jogos Vorazes, competição entre jovens transmitida ao vivo para todos os distritos de Panem, Katniss agora terá que enfrentar a represália da Capital e decidir que caminho tomar quando descobre que suas atitudes nos jogos incitaram rebeliões em alguns distritos. Os jogos completam 75 anos, momento de se realizar o terceiro Massacre Quaternário, uma edição da luta na arena com regras ainda mais duras que acontece a cada 25 anos. Katniss e Peeta, então, se veem diante de situação totalmente inesperada e, dessa vez, além de lutar por suas próprias vidas, terão que proteger seus amigos e familiares e, talvez, todo o povo de Panem.
Em Chamas, o segundo
livro da trilogia Jogos Vorazes, vai
falar das consequências que Katniss
terá que enfrentar após ter vencido os Jogos Vorazes. Mais do que nunca, ela e Peeta estão em perigo, pois o que eles
fizeram para se salvar foi visto pelas pessoas como um desafio perante a
Capital, e não um ato de amor e desespero de perder um ao outro como tentaram
fazer parecer, de modo que agora tem acontecido pequenos levantes e protestos
em alguns distritos. O que tem deixado o Presidente
Snow nada feliz.
Sob ameaça de perder sua
família e Gale, Katniss precisa fazer parecer que está profundamente apaixonada
por Peeta e que faria absolutamente tudo para ficarem juntos durante a Turnê da Vitória no qual são obrigados
a visitar cada um dos distritos para falar um pouco de todos os tributos que
eles mataram na arena, falar bem da Capital e mostrar o quão apaixonados eles
estão.
Antes fosse apenas a
preocupação de ter que arcar com essa encenação de casal apaixonado pelo resto
da vida, mas como Katniss ainda é o maior símbolo de rebelião, o Tordo, a Capital dá um jeito de
incluí-la obrigatoriamente no Massacre Quaternário.
Os jogos completam 75 anos,
momento de realizar o Massacre Quaternário,
uma edição especial dos jogos que ocorre a casa 25 anos com regras ainda mais
duras. Katniss e Peeta são mais uma vez incluídos nisso.
Para essa edição, os tributos
não são sorteados entre os adolescentes de doze a dezoito anos, mas sim
sorteados entre os campeões ainda vivos de edições passadas. Ou seja, todos os
participantes são campeões, conhecidos e amados pelo público, mortais,
profissionais e especialistas.
Quando os tributos são
apresentados, é notável a revolta e tristeza de cada um deles por ter que
retornar à arena, sendo que eles deveriam ser deixados em paz depois de vencer.
Johanna Mason xinga e fala palavrões
em entrevistas ao vivo. Outros choram e lamentam. Finnick Odair se mostra preparado e centrado, embora mais tarde
fica evidente que está preocupado e perturbado com relação a uma pessoa que é o
seu ponto fraco. Os carreiristas dos distritos 1 e 2 são os únicos que parecem
felizes em voltar a lutar, pois são matadores profissionais que passaram a vida
inteira treinando para isso.
Na arena, Katniss está
disposta e proteger Peeta a qualquer custo, nem que para isso ela tenha que
morrer. Dessa vez, além de lutarem por suas próprias vidas, eles devem também
continuar com sua farsa de casal apaixonado, a fim de proteger seus familiares,
amigos e toda a população de Panem.
Mas mesmo que esteja tentando
salvar suas vidas não confiando em mais ninguém e matando tanta gente na arena
que quer mata-los, Katniss deve se lembrar de quem realmente é o verdadeiro
inimigo.
Mais uma vez Suzanne Collins
não deixa a desejar quando se trata de mais um livro dessa trilogia que
tanto me encantou e viciou. As apresentações e descrições dos personagens,
Panem, distritos, Capital e Jogos Vorazes ficou para trás, no primeiro livro.
Dessa vez ficamos sabendo de uma população revoltada com a injustiça e
exploração, um presidente que bola planos para reestabelecer o controle e ficar
por cima sem sujar seu nome ao invés de mandar matar e ficar marcado como o
vilão, e Katniss, marcada como o símbolo da revolução sem nunca ter querido
isso.
Muita gente pode dizer que o
começo do livro é chato, monótono, cansativo, lento, e que somente depois a
ação começa. Eu queria dizer primeiramente que é realmente raro um romance
contemporâneo me cansar. Eu entendo que não tem jeito, todo livro precisa
começar narrando a vida do protagonista, talvez relembrando um pouco
acontecimentos importantes de livros anteriores, e só então depois partir para
a aventura, que é quando a história “realmente começa”. Então, ao invés de
ficar lamentando o início sem ação, eu sou dessas que curte e aproveita ao
máximo para tentar entender e me conectar com o personagem.
E segundo, eu diria que nesse
livro o foco nem é tanto a ação, mas sim a descrição de tudo o que está
acontecendo em Panem, os levantes, as revoluções, a insatisfação das pessoas
com a Capital. Então não vá ler esperando o banho de sangue que são esses jogos
logo no começo ou pelo menos na metade do livro. Pra falar a verdade, os jogos
só começam mesmo do meio para o final do livro, e mesmo assim é uma coisa mais
de estratégia na armação de armadilhas, do que matando pessoas de verdade.
A novidade e ação para com
esses jogos ficaram no primeiro livro. Já nesse segundo livro, como nós já
conhecemos toda a matança, então o foco teve que mudar um pouco.
E mesmo que seja obrigada a
encenar um romance com Peeta para todo o país, Katniss também não é indiferente
a ele. Ela não tem mais paz de espírito enquanto não tiver certeza absoluta de
que ele está bem e seguro, de preferência abraçado a ela, e é somente estando
perto dele que ela consegue relaxar, se acalmar e respirar em paz. Ainda não é
dessa vez que temos uma Katniss chegando à conclusão de que está amando-o, ela
nem sequer tem esse tipo de dúvida, mas nós leitores conseguimos perceber que
esse é o caso apenas pelo fato de que ela não consegue mais viver longe dele.
O livro é perfeito na medida
certa, como tem que ser mesmo, nem mais e nem menos. Os novos personagens
acabam dando um ar mais movimentado, de mudança na vida como a conhecemos, seja
ela boa ou ruim. O final é bastante surpreendente, ele termina num ponto que te
deixa desesperado para ler o próximo livro para saber o que acontece a seguir.
Altamente recomendado!
♦ A Trilogia:
The Hunger Games
2. Catching Fire (2009) – Em Chamas
3. Mockingjay (2010) – A Esperança
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