A vila ferroviária de Paranapiacaba (SP)
No dia 07 de
dezembro de 2014, eu fui com minha turma da faculdade e um professor para
Paranapiacaba. Eu já tinha ido duas vezes antes com minha família, então já
conhecia, por isso fique surpresa quando eu soube que meus colegas e professor
nunca tinham ido antes, então sobrou para mim ser a "guia" do grupo,
hahaha. Tivemos essa ideia de ir durante as aulas de Fotografia e Iluminação
para TV. O professor Bruno queria que nós praticássemos nosso olhar para a
fotografia e tirássemos boas fotos num lugar legal. Acontece que essa aula foi
no primeiro semestre de 2014, a aula já passou, mas a vontade de ir mesmo assim
continuou no segundo semestre de 2014. Após muitos contratempos como a copa,
eleições, trabalhos e provas; conseguimos marcar para dezembro.
Paranapiacaba é uma antiga vila inglesa localizada no estado
de São Paulo e que já virou um importante Patrimônio Nacional no qual agora
recebe todos os anos milhares de turistas. Ela surgiu como centro de controle
operacional ferroviário que ligava Jundiaí a Santos e também como residência
para os funcionários que construíam e operavam as linhas férreas da companhia
inglesa de trens São Paulo
Railway. Essa companhia foi inaugurada no dia 1º de janeiro de 1867 e foi a
responsável pela construção das primeiras estradas ferroviárias de São Paulo.
Transportava passageiros, café, e muitas outras cargas. Suas atividades foram
abandonadas a partir de 1980, mas a prefeitura de Santo André adquiriu a vila
em 2002, tornando destino turístico para a única
vila ferroviária em estilo inglês preservada do Brasil.
Eu e minha
turma fomos no trem que parte aos domingos, às 8h30, da Estação da Luz, em São
Paulo. A viagem é de 1h30 e é feita em uma composição de dois carros puxados
por uma locomotiva dos anos 50. Mas é possível ir de carro também. Para voltar,
o mesmo trem parte às 16h30 de Paranapiacaba de volta para a Estação da Luz.
Havia muita neblina quando chegamos, o que não favoreceu muito as fotos, mas desde sempre essa vila foi assim. Por vezes o sol apareceria por entre as nuvens, e era um sol tão forte que queimava, por isso era extremamente importante passar protetor solar. Eu esqueci de passar, e acabei voltando pra casa no final do dia com o rosto e os ombros muito vermelhos e doloridos, então, se você for para Paranapiacaba, não esqueça o protetor solar, mesmo que tudo indique que só vai chover.
As casas da parte alta da vila são bem pequeninas, espremidas umas nas outras e coloridas, uma graça. Muitas delas vendiam doces caseiros, bebidas típicas, sorvete. A maioria dos seus produtos era feito a partir de um fruto famoso de lá chamado cambuci. Esse fruto é tão popular que todos os anos, em abril, acontece o Festival do Cambuci.
A Igreja de Paranapiacaba surgiu em 1884. Antigamente chamada de "Capela do Alto da Serra", passou a celebrar missas quinzenalmente. Antes dela, no lugar existia um oratório.
O famoso mirante de Paranapiacaba abrigava as antenas da extinta TV Tupi. Lá do alto, tem-se uma vista panorâmica de tirar o fôlego da mata e dos trilhos. Das ultimas vezes que fui lá consegui ver tudo, mas nesse dia a neblina estava tão espessa que tudo o que conseguimos ver foi branco e apenas isso. Parece ser uma construção bem frágil, e é, com o tempo a madeira foi envelhecendo, mas pelo menos aguentou nosso grupo todo.
Atrás da gente esta a residência de alto padrão do engenheiro chefe da vila e de sua família, uma construção em estilo vitoriano do final do século 19, conhecida como Castelinho, localizada no alto de uma colina e que pode ser vista de qualquer ponto de Paranapiacaba. Não entramos porque a essa altura nosso tempo já estava acabando, mas eu já conheci o interior das vezes anteriores que vim, é muito legal conhecer a história, tem o retrato do engenheiro chefe e o da sua esposa, vale a pena, e a entrada custa só 3 reais.
O locobreque tinha a função de frear a composição na descida da serra, que simultaneamente puxava outra que subia. Mais tarde ele passou a transportar apenas turistas e virou sinônimo de luxo, já que possuía serviço de bordo e poltronas leito. Na foto abaixo, você confere como ele está atualmente, e como já foi um dia, em 1987, funcionando só para turistas.
Está tudo muito enferrujado e até perigoso hoje em dia, por isso não façam o que nós fizemos, que é subir para tirar fotos, hahaha.
Foi um passeio maravilhoso e que quero muito ir de novo e de novo, nunca me canso desse lugar, ainda há tantas coisas para fazer que eu não fiz em nenhuma das três vezes que fui. Há o "Festival de Inverno", o "Luz, Câmera... Terror!", "Festival do Cambuci", shows e eventos, programação de trilhas mata adentro, turismo (pedagógico institucional, cultural, esporte de aventura, observação, etc.), pode-se hospedar em pousadas ou hotéis por lá. Enfim, eu gostaria muito de ter uma casinha por lá, simples mesmo, onde por vezes eu passaria meus finais de semana. O lugar é muito lindo!
Estou sempre estou topando passeios assim, é só me chamar que eu estou dentro, sou dessas, haha. Espero que tenham gostado tanto quanto eu!
1 comentários:
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