Eu e meu namorado adotamos uma gatinha nova, digam “oi” para a Alaska!
Ela tem atualmente 3 meses, nasceu em janeiro desse ano, então eu decidi que o aniversário dela seria no dia 23/01 que foi o dia em que eu peguei o avião e me mudei definitivamente para Cuiabá.
Porém, a chegada dela foi um tanto quanto controvérsa aqui em casa porque eu e meu namorado estávamos em desacordo sobre a adoção. Eu não queria adotar porque eu já tinha os meus próprios gatos que ficaram na casa da minha mãe em Guarulhos/SP, sinto saudade deles todos os dias, são os meus filhos felinos e meus maiores xodós, amo demais e me sentiria uma traidora se resolvesse adotar outro por aqui. Era sim uma coisa psicológica que eu precisava lidar com o tempo.
Já meu namorado, botou na cabeça que eu me sinto solitária por ficar o dia inteiro sozinha em casa enquanto ele está fora trabalhando, e como ele sabe que gosto de gatos, resolveu adotar um gato para me fazer companhia. Eu fui totalmente contra, disse que gosto de estar sozinha e não me sinto solitária, e que não estou pronta para adotar um gato agora, mas ele se convenceu que eu estava mentindo e resolveu adotar mesmo assim.
Ele começou a olhar vários gatos na OLX que estivessem para adoção e me mostrar. E eu me senti dividida e pressionada porque eu amo gatos e todos eram muito fofos, mas eu não estava preparada psicologicamente para isso e nem financeiramente, afinal um gato demanda muitos gastos com veterinário, ração e areia, sem falar no fato de que nós temos planos de viajar juntos em algum momento no futuro, e daí quem tomaria conta do gato?
Eu pensei nisso tudo, mas meu namorado não, estava decidido a adotar um gato e não importava o que eu dissesse e nem as consequências, ele só queria que eu não me sentisse solitária em casa (na cabeça dele).
Finalmente encontramos na OLX essa gatinha de 3 meses que foi encontrada na rua por uma família e eles divulgaram a adoção dela. Meu namorado conversou com eles e nós fomos buscar ela de moto. Ela é sim extremamente fofa, eu amo todos os gatos do mundo e claro que gostei dela, daria toda a atenção, carinho e cuidados que ela necessita, mas não é essa a questão.
A questão é que eu desabei de chorar no mesmo dia que ela chegou, acho que finalmente saindo de dentro de mim toda a pressão com a adoção, a contrariedade que fui submetida, eu não estava pronta para isso naquele momento, psicologicamente falando. Foi SÓ AÍ que meu namorado reconheceu que errou, não devia ter me pressionado, ter decidido uma coisa por mim sem levar em conta o que eu queria, me pediu muitas desculpas e perguntou se eu queria devolver ela. Eu falei que não, não sou de voltar atrás com as minhas responsabilidades, e nós assumimos ela pelos próximos 15 anos, ela não tem culpa de nada, e animais não são objetos que você pode descartar quando não quiser mais, eu levo extremamente a sério uma adoção.
Eu desculpei meu namorado porque ele não queria me magoar, ele tinha a melhor das intenções, estava preocupado comigo, não queria que eu me sentisse solitária. Mas nós conversamos sobre essa coisa de decidir uma coisa sem consultar o outro, enfim para alinhar as coisas entre nós, de modo que esse relacionamento funcione.
Quanto à gatinha, não tenho do que reclamar porque ela é muito fofa, carinhosa, brincalhona, já chegou sabendo usar a caixa de areia, vive grudada comigo, me segue pela casa toda. Eu resolvi dar para ela o nome "Alaska" por conta de um influencer que eu sigo no Instagram, o Kaio do @casacobre que tem uma gata linda com esse nome e que eu adorei.
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????? hahahaha |
Quanto ao rabo dela, não sei se deu para notar nas fotos, mas ele é mais curto, torto para um lado, como se tivesse sido quebrado e cortado. A família que achou ela na rua acha que ela nasceu assim, mas eu não tenho certeza, infelizmente acho que ela sofreu alguma agressão de alguém que fez isso com o rabo ela. Ainda pretendemos levar ela no veterinário para analisar isso, além de dar todas as vacinas e castrar quando ela tiver idade.
A ideia inicial do meu namorado era adotar dois gatos, mas ele voltou atrás depois da minha reação com a chegada da Alaska. Nós não adotamos porque precisávamos ser realistas e práticos, não tínhamos como bancar tanta ração, areia e veterinário, sem falar que não conhecemos ninguém próximo para cuidar dos gatos quando a gente viajar juntos (ainda nem sei como vamos fazer com a Alaska). Mas por outro lado, meu coração fica apertado vendo ela brincar sozinha, querendo minha atenção o tempo todo porque só tem eu, enquanto que um segundo gato faria companhia para ela. Mas acho que tomei a decisão certa de ficar só com ela e não arrumar mais.
Enfim, apesar de todo o início polêmico, hoje eu me sinto feliz com a presença dela. Ela não foi planejada e desejada, mas aprendi a aceitar que tenho mais um filho felino, e como “mãe gateira” vou fazer de tudo para dar a melhor vida que eu puder pra ela. Não tem como não se encantar com as brincadeiras e a inocência de uma criatura tão pequena e amorosa. Agora é curtir ao máximo essa fase de filhote (que passa tão rápido) e todas as próximas.
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