Um brinde ao fim dos ciclos e começo de novos


Após o turbilhão de emoções ruins que passei nos dois primeiros meses do ano e que me fizeram extremamente mal (Depois da tempestade, a calmaria), eu decidi que, a partir de março, eu faria o que fosse necessário para sair dessa e melhorar, custe o que custar. Não queria mais viver desse jeito, ficar me acabando aos poucos, mergulhada na depressão, isso não é vida pra ninguém.

Apesar de eu ter, supostamente, cortado contato com aquela pessoa que estava me fazendo mal na metade de fevereiro, eu havia permitido que ainda nos falássemos de vez em quando nos dias seguintes, e óbvio que continuei mal! Mas quando o mês de março começou, pedi para que fosse o fim definitivo, ele respeitou e estamos sem nos falar desde então.

Sério, parece que alguém tirou a minha dor com a mão, porque quase que de uma hora pra outra, eu me senti bem. Me senti feliz e principalmente aliviada por ter cortado o último fio que ainda me ligava a ele. Era como se eu estivesse em liberdade e me senti capaz de seguir em frente com a minha vida. Nem eu esperava que fosse funcionar tão bem e tão rápido.

Na mesma semana eu me animei em voltar a comer, todos os dias tomar café da manhã, almoçar e jantar, coisas que eu não estava mais fazendo há meses. Até mesmo exercícios físicos simples em casa mesmo eu comecei a fazer e tenho tentado seguir, aos trancos e barrancos porque sou muito sedentária, haha, mas o importante é continuar.

Apenas o meu sono que ainda não regulou, eu continuo acordando sozinha quando deveria estar dormindo, mas dessa vez eu tenho acordado às 6h, e não mais às 4h ou 5h. E eu percebi que acordo simplesmente porque o meu corpo se acostumou a despertar naquele horário, e não mais por pura tristeza como estava acontecendo antes.

Eu tinha começado a fazer terapia online no final de fevereiro. Na primeira sessão eu ainda estava acabada, chorei bastante na frente da psicóloga ao contar tudo o que eu estava passando. Mas já na segunda sessão ela percebeu que eu parecia outra pessoa de tão mudada, sorridente, mais leve, porque eu já tinha me livrado do que estava me fazendo mal e estava me sentindo infinitamente melhor.

Assim, eu falei para ela que eu ainda não estava 100% bem, que é claro que eu sinto bastante a falta da companhia dele, não é fácil cortar contato com uma pessoa depois de 6 anos convivendo com ela, que eu queria ter podido manter pelo menos a amizade, mas eu percebi que não era possível, eu não queria voltar para o fundo do poço onde estava, e que estava bem melhor sem ele.

Ele não é uma má pessoa, ele sempre gostou e se preocupou bastante comigo, eu realmente sentia isso dele e era recíproco. Mas algumas decisões que ele tomou (e que me envolveram indiretamente) não me fizeram bem. Eu não vou pedir pra ele voltar atrás se é aquilo que ele quer para a própria vida, mas eu também não sou obrigada a aguentar isso se não me fizer bem. É aqui que nossos caminhos divergiram e só nos resta aceitar, por mais triste que seja o fim.

Mas está tudo bem, o importante é viver sim a fase do luto, chorar tudo o que tiver pra chorar, não fingir que aquilo não nos afetou, e depois de um tempo levantar a cabeça e seguir em frente da melhor forma possível, respeitando o tempo de cada pessoa. É o que eu tenho buscado fazer desde então.


2 comments

  1. Desabafar é preciso. Que bom que você tem superado tudo isso. Procurar ajuda profissional, tenho certeza, que te ajudou muito nesse processo também.
    Gostei do blog e estarei por aqui agora.

    Boa semana!

    O JOVEM JORNALISTA está no ar cheio de posts novos e novidades! Não deixe de conferir!

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    Até mais, Emerson Garcia

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  2. Menina! Fico feliz que tenha melhorado e que aos poucos tudo está voltando para o seu lugar (inclusive ele!).
    Espero que continue assim: vivendo todo dia um pouquinho.
    Nossa vida é muito curta e devemos aproveita-la.

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