Eu sempre fui muito fã de adaptações literárias para o cinema, sou da geração que curtiu muito Harry Potter e Crepúsculo, então claro que não seria diferente com Jogos Vorazes. Eu amo conhecer novos mundos onde se passam histórias surpreendentes, então me inseri nesse universo de Panem muito violento, que é uma distopia cheia de críticas sociais impactantes e interessantes. Virei uma grande fã da autora Suzanne Collins e toda a sua obra, então fiz questão de continuar acompanhando o trabalho dela. Assisti todos os filmes quando foram lançados nos cinemas e devorei todos os livros em que foram baseados.
A saga Jogos Vorazes virou um dos maiores fenômenos da literatura e do cinema jovem-adulto. Ela combina crítica social, ação, política e emoção de um jeito que prende muito a atenção e que continua relevante até hoje.
A saga aborda como temas centrais a desigualdade extrema e o uso da pobreza como espetáculo; a manipulação da mídia; a resistência política e propaganda; trauma, luto e efeitos da violência; sacrifício e responsabilidade; exploração de jovens em conflitos armados; poder, controle e desumanização. Toda a obra é uma distopia, mas claramente espelha o mundo real.
Eu já fiz resenhas de todos os livros e filmes lançados, então sintam-se a vontade para ler de forma mais aprofundada o que eu achei de cada um. Aqui nesse post vou falar apenas de forma breve:
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Em um futuro distópico, a nação de Panem obriga cada distrito a enviar dois jovens para lutar até o morte nos Jogos Vorazes, um evento televisionado pelo governo. Quando sua irmã é escolhida, Katniss Everdeen se voluntaria para tomar seu lugar e parte para a Capital do lado de Peeta Mellark. Lá, eles treinam, enfrentam pressão psicológica e tentam conquistar a simpatia do público para aumentar suas chances de sobrevivência. Dentro da arena, Katniss precisa usar suas habilidades de caça e sua inteligência para enfrentar adversários perigosos e um sistema cruel. Ao mesmo tempo, surgem alianças inesperadas e sinais de que algo maior pode estar mudando em Panem.
O que achei: Quando assisti esse filme pela primeira vez no cinema já me senti impactada porque ele consegue equilibrar ação, crítica social e emoção de um jeito bem envolvente. O filme tem seus momentos de tensão constante sem apelar para a violência gratuita e mostra a distopia de forma crua. É uma adaptação boa o suficiente para agradar quem leu o livro e também por conta própria. No geral, é um início excelente para a saga.
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Após vencer os Jogos Vorazes, Katniss e Peeta tornam-se símbolos involuntários de esperança para os distritos, algo que ameaça o poder da Capital. Em meio a uma turnê forçada, eles percebem que a tensão e as revoltas estão crescendo por toda Panem. Para controlar a população, o governo prepara um novo evento ainda mais cruel e inesperado. Katniss é obrigada a enfrentar novamente a manipulação política e os perigos que a cercam, dentro e fora da arena.
O que achei: “Em Chamas” é considerado por muitas pessoas como o melhor filme da franquia, e eu concordo. Ele aprofunda muito mais o universo de Panem, mostrando a revolta crescente e as consequências psicológicas dos Jogos de um jeito mais maduro. A nova arena é criativa e cheia de surpresas e isso foi muito bem trabalhado no filme. Enfim, uma continuação que elevou tudo o que o primeiro fez.
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Depois de sobreviver a eventos traumáticos, Katniss é levada ao Distrito 13, onde se torna o símbolo da rebelião contra a Capital. Enquanto tenta lidar com seus próprios conflitos internos, ela é usada como peça central na guerra de propaganda para mobilizar os distritos. A situação se complica quando ela descobre o destino de Peeta e percebe o quanto o governo está disposto a manipular tudo. Entre escolhas difíceis e tensões crescentes, Katniss precisa decidir até onde vai seu papel na luta pela liberdade.
O que achei: Esse filme costuma dividir opiniões do mesmo jeito que ele foi dividido, haha. Particularmente não sou a favor da decisão de dividir apenas para esticar o sucesso porque “A Esperança Parte 1” ficou muito prejudicado nisso, em que temos um ritmo mais lento, com mais cenas de diálogos num único ambiente e pouca ação. Ele apenas prepara o terreno para o desfecho.
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Katniss se une aos rebeldes na ofensiva final contra a Capital, determinada a derrubar o presidente Snow e acabar com a opressão de Panem. Enquanto avança pelo território inimigo, ela enfrenta armadilhas mortais, decisões estratégicas e perdas dolorosas. A relação com Peeta, fragilizada pelos traumas que ele sofreu, torna sua jornada ainda mais complexa. Em meio ao caos da guerra, Katniss precisa confrontar verdades difíceis sobre poder, lealdade e o custa da liberdade.
O que achei: Talvez pela decisão de ter dividido o último livro em dois filmes, não achei que esse final foi tão “épico” assim, mas ele continua sendo um bom filme, com um tom mais sombrio e reflexivo, mostrando que a vitória em uma guerra nunca é simples ou limpa. O filme acerta bastante ao explorar as consequências emocionais e políticas do conflito. A ação é intensa, mas o foco verdadeiro está nas escolhas morais e no peso das perdas.
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Universo expandido:
Além da saga principal, a autora Suzanne Collins escreveu mais dois livros derivados do universo de Jogos Vorazes, que também ganharam adaptações para as telas.
Acompanha a juventude de Coriolanus Snow, muito antes de se tornar o presidente tirano de Panem. Na história, Snow é um jovem ambicioso de uma família empobrecida que vê nos Jogos Vorazes uma chance de recuperar o prestígio. Ele é designado para ser mentor de Lucy Gray Baird, a tributo do Distrito 12, e acaba se envolvendo profundamente na competição política e moral que moldará seu futuro.
O que achei: Esse filme se passa 64 anos antes dos eventos da saga original. Ele mostra a origem dos Jogos Vorazes, que ainda eram bem mais rústicos e cruéis; como a Capital desenvolveu a lógica de espetáculo que vemos décadas depois; a formação da personalidade de Snow e seu caminho para o autoritarismo. É uma história mais política, psicológica e menos focada em ação constante, mais cheia de camadas.
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Filme será lançado nos cinemas brasileiros no dia 19 de novembro de 2026. Será baseado no livro de mesmo nome, lançado em 2020.








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