Jogos Vorazes (2012-2015) | Sagas Cinematográficas


Eu sempre fui muito fã de adaptações literárias para o cinema, sou da geração que curtiu muito Harry Potter e Crepúsculo, então claro que não seria diferente com Jogos Vorazes. Eu amo conhecer novos mundos onde se passam histórias surpreendentes, então me inseri nesse universo de Panem muito violento, que é uma distopia cheia de críticas sociais impactantes e interessantes. Virei uma grande fã da autora Suzanne Collins e toda a sua obra, então fiz questão de continuar acompanhando o trabalho dela. Assisti todos os filmes quando foram lançados nos cinemas e devorei todos os livros em que foram baseados.

A saga Jogos Vorazes virou um dos maiores fenômenos da literatura e do cinema jovem-adulto. Ela combina crítica social, ação, política e emoção de um jeito que prende muito a atenção e que continua relevante até hoje.

A saga aborda como temas centrais a desigualdade extrema e o uso da pobreza como espetáculo; a manipulação da mídia; a resistência política e propaganda; trauma, luto e efeitos da violência; sacrifício e responsabilidade; exploração de jovens em conflitos armados; poder, controle e desumanização. Toda a obra é uma distopia, mas claramente espelha o mundo real.

Eu já fiz resenhas de todos os livros e filmes lançados, então sintam-se a vontade para ler de forma mais aprofundada o que eu achei de cada um. Aqui nesse post vou falar apenas de forma breve:



1. Jogos Vorazes (2012)

Em um futuro distópico, a nação de Panem obriga cada distrito a enviar dois jovens para lutar até o morte nos Jogos Vorazes, um evento televisionado pelo governo. Quando sua irmã é escolhida, Katniss Everdeen se voluntaria para tomar seu lugar e parte para a Capital do lado de Peeta Mellark. Lá, eles treinam, enfrentam pressão psicológica e tentam conquistar a simpatia do público para aumentar suas chances de sobrevivência. Dentro da arena, Katniss precisa usar suas habilidades de caça e sua inteligência para enfrentar adversários perigosos e um sistema cruel. Ao mesmo tempo, surgem alianças inesperadas e sinais de que algo maior pode estar mudando em Panem.

O que achei: Quando assisti esse filme pela primeira vez no cinema já me senti impactada porque ele consegue equilibrar ação, crítica social e emoção de um jeito bem envolvente. O filme tem seus momentos de tensão constante sem apelar para a violência gratuita e mostra a distopia de forma crua. É uma adaptação boa o suficiente para agradar quem leu o livro e também por conta própria. No geral, é um início excelente para a saga.



2. Jogos Vorazes: Em Chamas (2013)

Após vencer os Jogos Vorazes, Katniss e Peeta tornam-se símbolos involuntários de esperança para os distritos, algo que ameaça o poder da Capital. Em meio a uma turnê forçada, eles percebem que a tensão e as revoltas estão crescendo por toda Panem. Para controlar a população, o governo prepara um novo evento ainda mais cruel e inesperado. Katniss é obrigada a enfrentar novamente a manipulação política e os perigos que a cercam, dentro e fora da arena.

O que achei: “Em Chamas” é considerado por muitas pessoas como o melhor filme da franquia, e eu concordo. Ele aprofunda muito mais o universo de Panem, mostrando a revolta crescente e as consequências psicológicas dos Jogos de um jeito mais maduro. A nova arena é criativa e cheia de surpresas e isso foi muito bem trabalhado no filme. Enfim, uma continuação que elevou tudo o que o primeiro fez.



3. Jogos Vorazes: A Esperança – Parte 1 (2014)

Depois de sobreviver a eventos traumáticos, Katniss é levada ao Distrito 13, onde se torna o símbolo da rebelião contra a Capital. Enquanto tenta lidar com seus próprios conflitos internos, ela é usada como peça central na guerra de propaganda para mobilizar os distritos. A situação se complica quando ela descobre o destino de Peeta e percebe o quanto o governo está disposto a manipular tudo. Entre escolhas difíceis e tensões crescentes, Katniss precisa decidir até onde vai seu papel na luta pela liberdade.

O que achei: Esse filme costuma dividir opiniões do mesmo jeito que ele foi dividido, haha. Particularmente não sou a favor da decisão de dividir apenas para esticar o sucesso porque “A Esperança Parte 1” ficou muito prejudicado nisso, em que temos um ritmo mais lento, com mais cenas de diálogos num único ambiente e pouca ação. Ele apenas prepara o terreno para o desfecho.




4. Jogos Vorazes: A Esperança – O Final (2015)

Katniss se une aos rebeldes na ofensiva final contra a Capital, determinada a derrubar o presidente Snow e acabar com a opressão de Panem. Enquanto avança pelo território inimigo, ela enfrenta armadilhas mortais, decisões estratégicas e perdas dolorosas. A relação com Peeta, fragilizada pelos traumas que ele sofreu, torna sua jornada ainda mais complexa. Em meio ao caos da guerra, Katniss precisa confrontar verdades difíceis sobre poder, lealdade e o custa da liberdade.

O que achei: Talvez pela decisão de ter dividido o último livro em dois filmes, não achei que esse final foi tão “épico” assim, mas ele continua sendo um bom filme, com um tom mais sombrio e reflexivo, mostrando que a vitória em uma guerra nunca é simples ou limpa. O filme acerta bastante ao explorar as consequências emocionais e políticas do conflito. A ação é intensa, mas o foco verdadeiro está nas escolhas morais e no peso das perdas.



Universo expandido:


Além da saga principal, a autora Suzanne Collins escreveu mais dois livros derivados do universo de Jogos Vorazes, que também ganharam adaptações para as telas.


A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes (2023)

Acompanha a juventude de Coriolanus Snow, muito antes de se tornar o presidente tirano de Panem. Na história, Snow é um jovem ambicioso de uma família empobrecida que vê nos Jogos Vorazes uma chance de recuperar o prestígio. Ele é designado para ser mentor de Lucy Gray Baird, a tributo do Distrito 12, e acaba se envolvendo profundamente na competição política e moral que moldará seu futuro.

O que achei: Esse filme se passa 64 anos antes dos eventos da saga original. Ele mostra a origem dos Jogos Vorazes, que ainda eram bem mais rústicos e cruéis; como a Capital desenvolveu a lógica de espetáculo que vemos décadas depois; a formação da personalidade de Snow e seu caminho para o autoritarismo. É uma história mais política, psicológica e menos focada em ação constante, mais cheia de camadas.



Amanhecer na Colheita (2026)

Filme será lançado nos cinemas brasileiros no dia 19 de novembro de 2026. Será baseado no livro de mesmo nome, lançado em 2020.


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